Consultor Jurídico

Judiciário acreano deve parar na próxima quarta-feira

23 de junho de 2001, 0h00

Por Redação ConJur

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Os funcionários do Tribunal de Justiça do Estado do Acre decidiram, em assembléia geral, entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira (27/6). Eles exigem a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) que pretendem ver acompanhado de um reajuste salarial médio de 28%, segundo o JB Online.

O pedido de suplementação financeira feito pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Arquilau de Castro Melo, ao governo do Estado, foi negado, deixando-lhe como alternativa oferecer aos servidores a instalação do PCCS acompanhada de um reajuste salarial médio de 8%, que foi recusado pela categoria.

Assim, os 658 funcionários do Tribunal de Justiça do Estado do Acre decidiram paralisar as atividades na manhã de quarta-feira, por tempo indeterminado, complicando o andamento dos mais de 45 mil processos que tramitam em suas varas, volume ao qual são acrescentados mais 110 processos ao dia.

O salário médio atual dos funcionários do judiciário do Acre está na faixa de R$ 540,00. Na proposta de reajuste defendida pela categoria, a média deverá ficar em R$ 750,00, sem as gratificações. Assim, o menor salário ficará em R$ 282,00 e o maior em R$ 1.116,00.

Os funcionários do Tribunal de Justiça do Acre entraram em greve no ano passado, exigindo a implantação de seu PCCS, mais reajuste salarial, que, por um acordo, ficaram prometidos para março deste ano. Por não ter sido cumprido, levou à deflagração de uma greve de advertência há um mês. Desde então, as negociações vieram sendo realizadas sem qualquer conquista que satisfizesse à categoria, que finalmente se decidiu pela paralisação.