Sucessão na PGR

Geraldo Brindeiro pode ir para o STM

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6 de junho de 2001, 0h00

Apesar de a direção nacional do PFL ter pedido ao presidente Fernando Henrique Cardoso a recondução do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, até 2003, o pedido pode não ser atendido.

A alternativa que se examina é a indicação de Brindeiro para o Superior Tribunal Militar, onde há vaga a ser ocupada.

Contra a possibilidade de Brindeiro ocupar seu quarto mandato consecutivo à frente do Ministério Público Federal encontram-se as fortes críticas que têm sido feitas por sucessivos episódios, desde quando o procurador utilizou-se, irregularmente, de jatinhos da Força Aérea para passear em Fernando de Noronha.

Primo de Brindeiro, o vice-presidente Marco Maciel, vinha articulando a sua recondução depois de 28 de junho, término do atual mandato. Na vaga de Brindeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso estaria considerando a possibilidade de indicar uma mulher.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) defende que o chefe da Procuradoria Geral da República só seja reconduzido uma vez, conforme deliberação do Colégio de Procuradores.

Contra a manutenção de Brindeiro no cargo, a Associação aponta o desgaste do procurador com as acusações de que ele engaveta processos contra o governo e seus aliados, o que acaba prejudicando a imagem do próprio presidente da República.

Em votação simulada para a escolha do novo procurador-geral, Brindeiro ficou em sétimo lugar. Ele está no cargo desde junho de 1995, quando foi indicado pela primeira vez por Fernando Henrique, em substituição a Aristides Junqueira.

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