Suspeita de corrupção

Subprocurador da República é afastado por suspeita de corrupção

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25 de janeiro de 2001, 23h00

O subprocurador Miguel Guskow foi retirado da coordenação da Câmara do Consumidor, Ordem Econômica e Economia Popular devido à suspeita de estar envolvido em uma operação fraudulenta de US$ 1 bilhão com títulos da dívida externa.

A determinação foi do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que também pediu à Polícia Federal (PF) para investigar Guskow.

Segundo informações repassadas pelo Banco Central (BC), o sub-procurador pode estar envolvido em outros crimes contra o sistema financeiro.

Desde que apareceram as denúncias contra o subprocurador, há mais de três meses, esta é a primeira manifestação oficial de Brindeiro.

A principal acusação contra Guskow é que usou irregularmente o cargo. Ele teria assinado uma carta utilizada em uma operação fraudulenta de US$ 1 bilhão com títulos da dívida brasileira.

O negócio foi comandado pelo investidor Robert Whitehead, preso em julho do ano passado pela polícia norte-americana. O BC fez um relato detalhado da operação e enviou os documentos a Brindeiro.

O procurador-geral nomeou o subprocurador Raimundo de Bonis para apurar se o acusado cometeu ou não crime. Foi aberta uma sindicância para apurar se houve desvio na conduta funcional de Guskow.

Se for constatada a existência de irregularidades, o corregedor pode instaurar um inquérito administrativo.

As penalidades que Guskow poderá sofrer vão de advertência, demissão, e até a cassação de aposentadoria. Se houver um processo criminal, ele tem direito a foro privilegiado – o Superior Tribunal de Justiça.

Os procuradores da República em Brasília também investigam o sub-procurador por enriquecimento ilícito.

Guskow está em férias, mas divulgou uma nota oficial em que apresenta sua defesa para as acusações.

Fonte: JB On Line

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