Infeliz Ano Novo

Jornal do Brasil deve demitir quase metade da redação

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26 de dezembro de 2001, 17h01

Uma nova fila de jornalistas deve formar-se às portas da Justiça do Trabalho. O lote de reclamantes, dessa vez, é do Jornal do Brasil, que se prepara para dispensar, nos próximos dias, de 100 a 120 profissionais, entre repórteres, fotógrafos, pessoal de pesquisa e de apoio.

Com essas demissões, deve aproximar-se de 600 os jornalistas desempregados nos últimos três meses.

A notícia deve apressar ainda mais a proposta de emenda constitucional que prevê a permissão da entrada do capital estrangeiro nas empresas jornalísticas.

Pelos números disponíveis, os veículos de comunicação vêm enfrentando queda de faturamento comercial e, no caso da imprensa escrita, uma expressiva redução das vendas em bancas e de renovação de assinaturas. Estatística oficiosa indica que o jornal O Globo teve sua venda em bancas diminuída pela metade – fenômeno que, para as combalidas finanças de veículos menores, está sendo enfrentado com demissões em massa.

Até onde se sabe, o editor-executivo do JB, Maurício Dias, encarregado da indesejada missão de comunicar as demissões, deve incorporar-se, voluntariamente, ao lote de demitidos.

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