Nota superfaturada

AMB lamenta que FHC não proíba 'excesso verbal' de Gilmar Mendes

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21 de dezembro de 2001, 14h11

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Cláudio Baldino Maciel, criticou a declaração do advogado-geral da União Gilmar Mendes sobre a ‘indústria da indenização’ que “configura um verdadeiro estelionato por via judicial”.

O ministro referia-se ao fato de a União ter sido executada em R$ 3,9 bilhões nos primeiros trimestres deste ano e ter conseguido impugnar R$ 2,8 bilhões de precatórios considerados “superfaturados”.

“É lamentável que o presidente da República não tome uma decisão definitiva desautorizando o excesso verbal de seu subordinado toda vez que se depara com um refletor”, disse Maciel.

O presidente da AMB, lembrou que não é a primeira vez que as declarações de Gilmar Mendes irritam o Judiciário. “Mais uma vez o advogado-geral da União se excede na linguagem em relação ao Poder Judiciário”, disse.

De acordo com Maciel, o sistema processual garante ampla possibilidade de recursos diante de qualquer decisão e “isso e democrático”.

“O que não é democrático é o desrespeito sistemático do advogado-geral da União para com o Judiciário brasileiro”, finalizou.

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