Avaliação do MEC

Juiz critica desempenho de cursos de Direito em avaliação do MEC

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19 de dezembro de 2001, 13h59

A avaliação dos cursos jurídicos foi recentemente publicada pelo MEC e, de uma maneira geral, houve estagnação e retrocesso, pois em sua maioria, os cursos mantiveram os seus conceitos ou até mesmo pioraram.

Para que se tenha uma idéia, na grande São Paulo, o conceito mais freqüente é a letra E. Somente dois cursos conseguiram a nota máxima (USP e PUC) e apenas um conseguiu B (Mackenzie). Em quarto lugar está a Universidade Cruzeiro do Sul (conceito C), cujo curso de direito formou a primeira turma há menos de 5 anos, mas foi o único neste ano a obter um conceito melhor do que o ano passado.

Salvo as três primeiras colocadas, tem sido grande a mudança no ranking das demais. Algumas faculdades com mais anos de existência não passaram do C, como é o caso da FMU. Outras, mesmo com alguma antigüidade, não tiveram bom desempenho, como é o caso das de Moji das Cruzes e Guarulhos.

Quem está no meio acadêmico sabe que a avaliação dos cursos veio para ficar e está ajudando a orientar os alunos a distinguir quais faculdades estão se esforçando para atingir um bom padrão de qualidade e quais estão sob o risco de perder o reconhecimento do MEC, que antes era por prazo indeterminado e agora vale apenas por alguns anos, devendo ser renovado, o que pode excluir do mercado alguns cursos.

Muito se cobra hoje das Universidades, se elas estão investindo, se os professores estão procurando fazer cursos de mestrado e doutorado. Mas é preciso que os alunos também estejam conscientes de sua responsabilidade no processo de aprendizagem, pois o empenho deles influi de forma decisiva na avaliação do curso. A avaliação do curso é também uma avaliação do aluno e vice-versa.

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