Um garoto de 11 anos do interior de Pernambuco queria ter um computador, mas seus pais não tinham condições para comprá-lo. Então, resolveu escrever uma carta para a Polícia Federal pedindo uma doação de computador que foi apreendido em contrabando. Mas a PF disse que só poderia efetuar doações com a autorização da Justiça. O garoto resolveu escrever ao Superior Tribunal de Justiça.
Resultado: um grupo de servidores do STJ e o presidente, ministro Paulo Costa Leite, se sensibilizaram com a história do garoto que sonha em trabalhar na Nasa. Decidiram doar o computador e uma impressora para ele. A entrega para Luiz Gustavo Cristóvão Silva será feita na sexta-feira (24/8), às 10h, na sede do tribunal.
O menino, que cursa a 5ª série do primeiro grau, contou que quer ser engenheiro eletrônico. Disse que iniciaria, em poucos dias, um curso de informática no Sebrae. Em casa, sozinho, estuda inglês e espanhol.
“Não pretendo viver como se vive aqui na zona rural. Farei faculdade e vou trabalhar na Nasa”, afirmou Luiz Gustavo. Ao finalizar a carta, afirmou: “Ansioso pela autorização de V.Exª. me despeço. Deus lhe abençoe”.
Em dezembro do ano passado, o ministro Paulo Costa Leite enviou um telegrama a Luiz Gustavo com a notícia: “Quero lhe dizer que o seu pedido será plenamente atendido, pois funcionários do Superior Tribunal de Justiça reuniram-se espontaneamente e estão lhe oferecendo um computador e uma impressora em cores”.
Segundo a mãe de Luiz Gustavo, Wandeleide Maria Cristóvão, “essa notícia foi o melhor presente de Natal que seu filho já recebeu”.