Nova safra

Fábio Prieto assume presidência da 5ª Turma do TRF da 3ª Região

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6 de agosto de 2001, 21h33

A primeira geração de juízes federais concursados – depois da criação dos Tribunais Regionais Federais – e que chegou à segunda instância, está ocupando seu espaço.

Nesta terça-feira (7/8), assume a presidência da 5ª Turma do TRF da 3ª Região, em São Paulo, o juiz Fábio Prieto de Souza que, há três anos, tomou posse como o mais jovem magistrado da Corte.

Na ocasião, segundo reportou a revista República, Prieto foi saudado pelo veterano, Jorge Flaquer Scartezzini. Segundo o presidente do Tribunal, se faltavam anos a seu novo colega, sobrava-lhe prudência. Interessante a frase, quando se sabe que Scartezzini, respeitado igualmente por conservadores e pela nova geração, notabilizou-se por emitir a primeira sentença favorável à indenização da família do operário Manuel Fiel Filho, assassinado pela ditadura.

Fábio Prieto, descendente de portugueses, franceses e bascos é sobrinho do ex-deputado Gastone Righi, que tem um passado pouco lembrado de advogado, professor da USP e defensor de presos políticos durante os governos militares.

O novo presidente da 5ª Turma do TRF paulista faz ponte entre a tradição e a renovação em diversos aspectos. Torce pelo Santos e freqüenta shows dos Rolling Stones, mas cita nas sentenças seus clássicos prediletos, como Cicero, Shakespeare e Dostoievski.

Formado pela Universidade Católica de Santos, Prieto tem uma carreira singular, pois foi advogado e promotor de Justiça antes de prestar concurso e tomar posse, em 1991, como juiz federal. Chegou a ganhar um prêmio pelo melhor arrazoado forense de 1989. Resultado de prudência? Não exatamente. O então promotor de Santos acolhia a tese da prefeita petista Telma de Souza contra os poderosos concessionários do transporte público local.

Ao deixar a vara para integrar o tribunal, a pauta que estava com um ano e meio de atraso agora marcava as audiências para vinte dias depois. Acostumado a julgar crimes do colarinho branco, Prieto guarda como troféu um pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado de um banqueiro. No texto, ele se queixava de que naquela vara os processos andavam muito rápido.

Com informações extraídas da Revista República.

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