Os servidores do Poder Judiciário do estado da Bahia estão em greve há 40 dias por motivo salarial. Segundo notícia divulgada no site jurídico Carta Maior, o Tribunal de Justiça anunciou que, para cumprir os requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, teria que fazer uma adequação salarial, o que teria sido um dos principais motivos para o início da paralisação.
Na segunda-feira (16/4) foi feita uma assembléia dos servidores no Fórum Ruy Barbosa. Eles decidiram manter a greve. De acordo com o jornal A Tarde, embora mais de 600 servidores tenham participado das deliberações, o movimento dá sinais de exaustão e já houve retorno de alguns setores ao trabalho. Todos os cartórios extrajudiciais de Salvador, os que mais arrecadam, começaram a funcionar depois do feriado, segundo o jornal. Mas os cartórios judiciais, que cuidam de crimes cíveis e penais, permanecem paralisados, da mesma forma que grande parte das comarcas do interior.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Robério Braga, a presidente do Sinpojud, Maria José Silva, e o presidente do Instituto dos Advogados da Bahia (IAB), Afrânio Pedreira, se encontraram na segunda-feira e fizeram uma nova rodada de negociações. Depois da reunião, ficou decidido que seria marcada uma audiência com o governador César Borges para discutir o assunto.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça propôs transformar a gratificação de eficiência, no valor de R$ 230, em vantagem pessoal, incidindo nas férias e no 13º, além da mesma garantia para os que se aposentarem imediatamente após a promulgação da lei. A proposta foi discutida e rejeitada. Os servidores decidiram fazer nova assembléia no próximo dia 23, às 10 horas, em frente ao Palácio da Justiça, no Centro Administrativo.