Bloqueio mantido

Bens de dirigentes do Correio Braziliense estão bloqueados

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14 de setembro de 2000, 0h00

Os chamados “condôminos” do grupo Diários Associados estão com todos os seus bens bloqueados. A informação é do desembargador Paulo Lara, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na semana passada, quando examinou o pedido para suspender a indisponibilidade, o juiz manteve a decisão de primeira instância quanto ao bloqueio, mas desautorizou o pedido judicial à Receita Federal para que o órgão público informasse os bens que cada dirigente dos Diários Associados possuem. Sem essa informação, o controle do bloqueio, na prática, fica inviabilizado.

O grupo de comunicação é integrado por 42 empresas. Entre elas, há doze jornais diários, três emissoras de TV e treze de rádio. Entre os jornais encontram-se o Correio Braziliense e O Estado de Minas.

A origem da desavença é o destino de uma indenização de R$ 220 milhões paga pelo governo federal, em razão do encerrramento das atividades, em 1980, da TV Tupi. A Rádio Clube de Pernambuco, retransmissora da Tupi, entrou na Justiça pedindo ressarcimento pelo fechamento considerado arbitrário.

Gilberto Chateaubriand, filho do criador do grupo e que possui 28% das ações da Rádio Clube, acusou os administradores dos Diários de terem desviado R$ 172 milhões, ilegalmente.

Essa quantia teria sido aplicada em outras empresas do conglomerado sem aprovação dos acionistas. Os condôminos, como são chamados os dirigentes do grupo, pelo pedido de Gilberto, devem ressarcir a quantia alegada.

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