Justiça do Rio beneficia traficante com prisão domiciliar
11 de novembro de 2000, 23h00
Foi beneficiado, com prisão domiciliar, o empresário Ricardo Moreira de Carvalho, preso no Aeroporto Internacional no dia 3, quando voltava de Amsterdã com quase cinco quilos de tai-stick, droga tailandesa criada a partir de uma modificação genética da maconha.
Saiu da custódia da Polícia Federal no Presídio Ary Franco direto para a sua casa, na Barra. O benefício foi concedido pelo juiz da 3ª Vara Criminal Federal, Lafredo Lisboa Vieira.
Para o magistrado, a custódia da PF “não é acomodação adequada ao preso” e decidiu: “O indiciado permanecerá sob vigilância policial, que será exercida com discrição e sem constrangimento para ele e sua família”.
O mais curioso dessa história é que há cerca de 20 outros presos provisórios na custódia da PF que nunca sonharam com tamanho privilégio.
Alguns aguardam julgamento por crimes bem mais leves que o hediondo tráfico de drogas, como sonegação de Imposto de Renda.
Anti-truste
Está longe de terminar a novela da compra dos supermercados Continente, Dallas e Rainha pelo Carrefour.
O Ministério Público ouvirá nos próximos dias os sócios das empresas vendidas. Vem chumbo grosso pela frente.
E bota grosso nisso.
O preço da campanha
Já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara o projeto que prevê o financiamento público das campanhas políticas. A dotação será resultado da multiplificação do número de eleitores alistados na Justiça Eleitoral por R$ 7.
Um por cento do total será distribuído por todos os partidos: os restantes 99%, pelos partidos com representação na Câmara dos Deputados.
Nova era
O concurso para selecionar titulares de 74 cartórios extra-judiciais no estado reúne amanhã 1.230 candidatos.
Depois de muito escândalo, é o fim da era das indicações de apadrinhados.
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