Marcação cerrada

É pedida prisão preventiva dos líderes do MST em Mato Grosso

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4 de maio de 2000, 0h00

O procurador-chefe da União em Mato Grosso, Maurides Celso Leite, colocou em prática a declaração do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, de que iria solicitar às autoridades policiais a punição dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) pelas invasões e depredações a prédios públicos, ocorridas nos últimos dias.

Em ofício encaminhado à Polícia Federal (PF), Leite afirmou que as manifestações promovidas pelos sem-terra configuram crime de dano qualificado, de atentado à segurança dos serviços públicos, de incitação ao crime, de formação de quadrilha e de constrangimento ilegal.

No documento, Leite descreve que os integrantes do MST, “incitados pelos seus líderes, entre eles, Etelvina Mazioli e Genadir Vieira dos Santos, procederam a invasão do Edifício-sede do Ministério da Fazenda em Mato Grosso, (…) dele expulsando, sob ameaça de foices, facões, enxadas, paus e pedras, todos os servidores e contribuintes que ali se encontravam”.

O procurador também afirma que os manifestantes estão causando “diversos danos ao patrimônio público, a exemplo da quebra da porta de vidro blindex do hall de entrada do citado edifício”.

Foi pedido que a PF abra inquérito para apurar a autoria dos crimes e os danos causados ao patrimônio. A prisão preventiva dos envolvidos foi pedida porque, segundo Leite, eles “estão causando sérias perturbações à ordem pública, também podendo causar transtornos à instrução criminal, como é costumeiro nas ações conduzidas pelo famigerado MST”.

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