Coluna do Rio

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29 de dezembro de 1999, 23h00

Juízes vão à forra

Os três desembargadores que colocaram o atacante Edmundo na cadeia, em outubro, resolveram processar o cartola do Vasco e deputado federal Eurico Miranda.

Querem indenização do dirigente vascaíno, que os acusou, à época, de estarem “atrás de três minutos de fama”.

Pepino na Fazenda

Uma juíza federal do Rio concedeu aumento salarial, retroativo a 1995, aos servidores do Ministério Público e da Justiça federais e da Justiça do Trabalho. Se a sentença vingar, o déficit público explode.

Todos contra o Império

Está no site da ABI (www.abir.org.br). O vice-presidente de O Dia, Fernando Portella, diz que o jornal não pretende recorrer ao Cade para reclamar do Império (organizações Globo) na briga pela publicidade.

Mas não hesitará em usar “instrumentos democráticos como é o caso do Cade, se nos sentirmos prejudicados”. Portella jura que se O Dia for ao Cade, vai sozinho, ao contrário do que diz a nota que saiu no O Globo.

Na verdade, a nota diz que todos os outros iriam mesmo isoladamente para não dar na vista. Traduzindo: as tropas estão arengadas e os tambores batendo. Só falta amanhecer – e um pouco de coragem – pra refrega começar.

Gafe jornalística

O experiente repórter de polícia do Globo chegou ao Ponto Zero a fim de render a colega que estava no plantão da prisão do Sérgio Naya. Enquanto recebia o relatório, notou que a colega não parava de olhar para os lados. Depois de estar a par de tudo, perguntou:

– Que é que há ? Tá preocupada com quê?

– Com o estagiário. Vim com um garoto e ele sumiu. Disse que ia dar uma volta e sumiu faz um 20 minutos… contou ela, olhando mais uma vez para o lado.

Neste momento, o rosto da jornalista desanuviou: vira o estagiário chegando. Antes que ela pudesse falar alguma coisa, o experiente repórter resolveu curtir com a cara do foca.

– É esse? Tava com medo de perder esta mala? É estagiário reco, é? Tem sobrenome importante, é? Deixa eu ver o nome dele, deixa eu ver o sobrenome… disse, desvirando o crachá.

Paulo Marinho. Filho de João Roberto, neto do Homem.

Superstars da telefonia

O advogado carioca Jorge Béja tem em seu escritório dez queixas contra a Embratel e está preparando uma ação coletiva por propaganda enganosa contra a empresa e contra a atriz Ana Paula Arósio, que faz a divulgação de seus serviços.

Mesmo sem ter uma ação concreta, o advogado espera atingir bons resultados, ainda que inibindo esta atuação. “Ia ter uma ação contra a Nokia do Brasil (empresa fabricante de telefones celulares) mas resolveram o problema da minha cliente em 24 horas, quando comuniquei que iria processar a empresa e Edson Arantes do Nascimento, o Pelé” – que faz a propaganda da Nokia.

Na tese do advogado, os artistas que cedem sua imagem endossando produtos e serviços são co-responsáveis, junto com os fabricantes, pela sua eficácia e qualidade. O entendimento é o de que os artistas passam credibilidade ao consumidor, por serem pessoas públicas e formadoras de opinião.

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