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Com menos juízes, TRT-SP pode ter produção prejudicada.

18 de fevereiro de 2000, 23h00

Por Redação ConJur

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A extinção dos juízes classistas pode prejudicar o andamento dos processos no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP). É o que indicam dados do Tribunal, que atualmente conta com 54 juízes (38 togados e 16 classistas).

O problema é que, diferentemente do que acontece nas Varas do Trabalho (antigas juntas de conciliação) – onde os classistas são praticamente meros espectadores na resolução dos conflitos – os membros da representação classista trabalham duro no TRT.

Antes da promulgação da Emenda Constitucional 24, que extinguiu a categoria classista da Justiça do Trabalho, o TRT paulistano tinha 64 juízes. Cada um julgou, em média, 1.047 processos durante o ano passado.

Considerando férias, recesso judicial e semana de cinco dias com oito horas diárias de trabalho, foi julgada uma ação a cada 100 minutos. Hoje, cada juiz terá de julgar um processo a cada 64 minutos para manter o índice de 1999.