Consultor Jurídico

STF tem projeto arrojado na área da informática

24 de dezembro de 2000, 23h00

Por Redação ConJur

imprimir

Enquanto alguns tribunais brasileiros engatinham no mundo da informática, outros já estão bastante próximos dos recursos dominados pelas grandes empresas.

É o caso do Supremo Tribunal Federal que, a partir de fevereiro redimensionando sua rede, com o triplo do número atual de estações de trabalho. O sistema será mais rápido também. A Corte terá um link exclusivo via Embratel, com todos os sinais transmitidos por meio digital ou fibra ótica.

Em seu balanço de final de ano, o presidente Carlos Velloso anunciou que já foi escolhido o meio de segurança para dificultar invasões do sistema: será utilizada a identificação biométrica, que só dá acesso à rede com a exibição da impressão digital do usuário. Embora haja dúvida quanto a esta opção depois que, experimentalmente, nos Estados Unidos, a xerox das digitais de um usuário, no scanner do computador, permitiu o acesso indevido, os técnicos do STF garantem que a técnica de identificação já foi aperfeiçoada.

Velloso anunciou também que todos os serviços internos do Tribunal já estão integrados e que o STF passará a ter suas sessões plenárias transmitidas, na Intranet, on-line, com voz e imagem.

O ano de 2001 entrará para a história também pelo lançamento da pedra fundamental da Rede Informática do Poder Judiciário – Infojus, destinada a interligar todas as unidades e instâncias do Poder Judiciário no País e a servir de elo para a Iudicis, a rede internacional do Poder Judiciário.

A Infojus foi instituída, por meio de portaria, que definiu a Comissão interdisciplinar composta de magistrados e especialistas em informática, dedicada a estudar, debater e propor ações, com base no projeto preliminar desenvolvido no STF.

Já se encontra em processo de aquisição os 2 mil equipamentos para a rede nacional, contemplando inicialmente os estados de GO, MG, MS e MT, com recursos consignados ao STF no Plano Plurianual de Atividades – PPA, para o período 2000-2003.

Além dos R$ 50 milhões previstos na peça orçamentária para o início dos trabalhos, existe a possibilidade de aproveitamento de R$ 36 milhões destinados à interligação da Justiça Eleitoral e, ainda, da oferta internacional de recursos disponíveis no Banco Mundial e no Banco Interamericano de Desenvolvimento.