Inferno astral

Luxemburgo deve pagar indenização trabalhista de R$ 1 milhão

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23 de agosto de 2000, 0h00

A possível sonegação de impostos não é o único problema que o técnico da seleção Brasileira, Wanderley Luxemburgo, tem com a Justiça.

Ele foi condenado, em 1º grau, a pagar cerca de R$ 1 milhão de reais a sua ex-secretária particular, Renata Alves. O dinheiro é referente ao FGTS, multa de 40% por demissão, férias, 13º salário e horas extras de quase quatro anos.

O técnico não compareceu na audiência, realizada na Justiça do Trabalho, na qual deveria se defender das acusações.

As informações são do advogado trabalhista, Fernando Andrade, que representa a ex-secretária de Luxemburgo na Justiça. Segundo ele, as horas extras são relativas aos leilões judiciais aos quais a moça comparecia semanalmente e arrematava bens para o técnico.

O tipo de item mais arrematado, segundo ela, eram os carros que iam para a concessionária do técnico, a Luxemburgo Automóveis, no Grajaú, Zona Norte do RJ.

Segundo Andrade, quando Wanderley era técnico do Palmeiras, ele prometeu R$ 50 mil ao pai de santo, Robério de Ogum, de São Paulo. O pagamento seria referente a trabalhos espirituais para garantir a vitória do time nas partidas. A quantia paga, no entanto, teria sido apenas de R$ 20 mil.

Ao saber do caso em que o técnico é acusado de sonegação fiscal a ex-secretária teria afirmado: “Se ele dá calote em pai-de-santo, porque não faria o mesmo com a Receita?”

Andrade ainda revelou que Wanderley teria dito a seguinte frase: “a vergonha a que vocês acham que estão me expondo eu não tenho, porque não matei, ao contrário do jornalista. Na minha opinião o único crime que não tem defesa é o assassinato”.

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