FMI e Hitler

Presidente da OAB compara exigências do FMI a holocausto

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25 de abril de 2000, 0h00

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Reginaldo de Castro, comparou a política econômica do Planalto à “solução final” adotada pelos nazistas, que provocou o extermínio de milhões de judeus.

Segundo ele, os políticos que submetem as populações à miséria, seguindo as regras ditadas pelos “Césares da Modernidade”, devem se lembrar do “severo Tribunal de Nuremberg”.

Essas declarações foram feitas no XIV Congresso da União Ibero-Americana de Advogados em Fortaleza. Na ocasião, Reginaldo de Castro fez duras críticas à globalização e à equipe econômica do governo, que, para ele, ao seguir as determinações do Fundo Monetário Internacional (FMI), está causando graves efeitos sociais.

Segundo o presidente da OAB, os “ditames e postulados absolutistas” do mercado global causaram a fragmentação do poder, acentuaram as desigualdades tanto sociais como regionais (norte/sul), levaram grande parte da população mundial à miséria, dentre outros malefícios.

Mencionando declaração do economista-chefe do Banco Mundial, Joseph Stiglitz, Reginaldo de Castro chamou atenção para a necessidade de alteração da política rígida imposta pelo FMI às finanças internacionais.

“Têm razão os que acusam o FMI de ser opaco, arrogante e surdo, sobretudo quando deixa de ouvir os países em desenvolvimento que, em tese, ele devia ajudar”, afirmou o presidente da OAB.

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