Máfia da propina

Máfia: depoimentos complicam situação da vereadora Maria Helena.

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5 de abril de 2000, 0h00

Tudo indica que a tentativa da vereadora paulistana Maria Helena, de esgotar todos os prazos da comissão processante que pode cassar seu mandato, instalada na Câmara Municipal, será em vão. Os depoimentos das testemunhas na sessão desta quarta-feira (5/4) complicaram ainda mais a situação da vereadora.

Depuseram dois policiais militares e Cláudia, a namorada de Fabiano Leite Sá Lima – suposto cúmplice na extorsão do vereador Salim Curiati. Cláudia confirmou a abertura de uma conta em nome de sua mãe, onde foram depositados valores entre R$ 600,00 e R$ 4 mil, no período de maio a agosto de 1999. A maioria dos depósitos foi feira em dinheiro, como confirmam extratos bancários.

Foi encerrada a fase de instrução e aberto prazo de sete dias para que a vereadora se defenda das acusações, e para as alegações finais. Depois disso, a comissão deverá votar o relatório apresentado pelo vereador Aurelino de Andrade. O prazo para apresentação do relatório esgota-se em 2 de maio.

Membros da comissão afirmam que as acareações feitas entre Lima, Maria Helena e os policiais acabaram sendo desfavoráveis à vereadora.

A defesa de Maria Helena demonstrou que pretende desmoralizar o depoimento de Lima, por se tratar, segundo alega, de um ex-presidiário e estelionatário.

Contudo, acredita-se que a estratégia não trará resultados. É que não existiria regra legal impedindo alguém de testemunhar, nem mesmo os mais perigosos criminosos.

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