Badan pede habeas corpus

Badan vai ao STF para evitar prisão em depoimento à CPI

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17 de novembro de 1999, 23h00

O médico legista Fortunato Badan Palhares entrou com habeas corpus, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que a CPI do Narcotráfico determine sua prisão preventiva durante o depoimento que irá prestar aos deputados.

Palhares é acusado pelo relator da CPI, deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), de vender laudos médicos e de ter prestado serviços para o crime organizado. Há suspeitas também de que Badan Palhares produza perícias por encomenda de grandes companhias seguradoras. O médico deveria prestar depoimento à comissão nesta quinta-feira (18/11), mas foi internado na Casa de Saúde de Campinas em razão de problemas renais.

Segundo o urologista e diretor clínico da Casa de Saúde, Sérgio Bisogni, os boatos de que a internação seria um pretexto para se livrar do depoimento são infundados.

O legista também foi acusado de manipular o laudo sobre a morte do menor José Antônio Penha Brito Júnior. O garoto teria sido assassinado a mando do ex-deputado estadual do Maranhão, José Gerardo Abreu.

Os advogados de Palhares afirmam que o pedido do habeas corpus se deve a declarações de Mattos que “deixa evidente o propósito de que o médico seja levado a plenário para que, na frente do público e diante das câmeras de TV, seja preso”.

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