Crime da rua Cuba

Justiça rejeita reabertura do caso da rua Cuba

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20 de maio de 1999, 0h00

O desembargador Djalma Lofrano, do Tribunal de Justiça de São Paulo, rejeitou nesta sexta-feira (21/5) a última tentativa do Ministério Público de reabrir o processo em que Jorge Delmanto Bouchabki, o Jorginho, é acusado pelo assassinato de seus pais, ocorrido em dezembro de 1998. O caso ficou conhecido como “crime da rua Cuba”.

Lofrano não concedeu liminar em Mandado de Segurança apresentado pelo MP. Os promotores pleiteavam a suspensão da decisão do juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, da Vara do Júri de Pinheiros. Na quinta-feira, o juiz negou a reabertura do caso afirmando que os depoimentos apresentados pela promotoria não foram suficientes para caracterizar nova prova.

Com a decisão do desembargador, a denúncia contra Jorginho deve prescrever, isentando o acusado de qualquer responsabilidade em relação ao caso.

A principal arma dos promotores para a tentativa de reabertura do caso foi o depoimento da empregada Olinda Oliveira da Silva, que trabalhava na casa de Jorginho à época do crime. Olinda contou à polícia alguns fatos que não havia dito em depoimentos anteriores.

A empregada disse que viu uma briga entre Jorginho e sua mãe na noite que antecedeu o crime. Durante a briga, a mãe teria agredido o filho com um taco de bilhar.

Para a reabertura do processo, seria necessária a existência de novas provas. Os advogados de Jorginho sustentaram que os novos depoimentos não eram suficientes para trazer o caso de volta à cena.

A primeira denúncia contra Jorginho foi apresentada pela promotoria em 19 maio de 1989. Depois de tramitar por dois anos, o processo foi arquivado pelo Tribunal de Justiça, que não identificou provas que ligassem o acusado ao crime.

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