Cristovam sob suspeita

Administração Cristovam Buarque é investigada

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4 de maio de 1999, 0h00

O Ministério Público do Distrito Federal acolheu a representação da Câmara Legislativa que pede o bloqueio de bens e quebra do sigilo bancário de toda a diretoria anterior do Banco de Brasília e da empresa Makplan Marketing e Planejamento Ltda.

As acusações atingem em cheio a administração do ex-governador Cristovam Buarque, diante de fortes indícios de que contratos teriam sido forjados para utilizar dinheiro público para o financiamento da campanha eleitoral do ano passado.

A representação, assinada pelos deputados Daniel Marques, Silvio Linhares, Edimar Pireneus, José Edmar e Jorge Cauhy foi encaminhada também ao Tribunal de Contas do DF.

Os fatos investigados foram documentados por auditoria feita no Banco e pela Comissão Especial de Investigação da Câmara Legislativa: em pleno período eleitoral (setembro do ano passado), o BRB pagou, através da Makplan, R$ 1,25 milhão a uma empresa inexistente (Som Maior, de Recife), que se utilizou de notas fiscais impressas por uma gráfica que também não existe.

Essa quantia teria sido paga para a produção de dez filmetes institucionais para divulgação do Banco de Brasília. Levantamento feito junto a produtoras de vídeo apurou que o valor de mercado do serviço prestado é quatro vezes inferior ao que foi cobrado do BRB.

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