OAB alagoana recebe ameaça de bomba
15 de julho de 1999, 0h00
No dia 12 de julho a seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil recebeu ameaças de que uma bomba havia sido instalada na sede da entidade. O falso alerta foi dado por um telefonema anônimo.
Passado o susto, o presidente nacional da OAB, Reginaldo de Castro, classificou as ameaças de intoleráveis e avisou: “é bom que se saiba que bombas ou quaisquer outros tipos de ameaça não intimidam a OAB”.
A OAB de Alagoas vem sofrendo tentativas de intimidação porque advogados ligados à área de direitos humanos estão tentando elucidar o assassinato de um eletricista, que teria sido espancado por policiais.
O eletricista José Joaquim Araújo foi fuzilado com 20 tiros há uma semana, 10 horas depois de ser absolvido da acusação de ter matado o policial civil José de Mello durante uma briga de bar. Araújo denunciou que foi torturado para confessar o crime.
O exame de corpo delito feito a pedido da OAB comprovou as agressões. O principal alvo das ameaças é o presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, Hélder Vasconcelos Júnior, que tem questionado as condições da Polícia Civil alagoana para apurar o assassinato de Araújo.
A entidade acredita que as ameaças estejam intimamente relacionadas à tentativa de elucidação do caso. Também acham que o eletricista foi assassinado por ter denunciado as torturas.
Castro pediu que secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, tome providências e garanta a integridade dos membros da OAB de Alagoas.
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