Consultor Jurídico

Acusado de mortes no Salgado Filho é banido

21 de dezembro de 1999, 23h00

Por Redação ConJur

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O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro cassou nesta quarta-feira (22/12), por unanimidade, o registro profissional do auxiliar de enfermagem Edson Isidoro Guimarães, acusado pela morte de quatro pacientes no hospital Salgado Filho.

O auxiliar foi preso em flagrante, no início de maio. À época, ele confessou que teria matado cinco pessoas, mas estimava-se que seria o responsável pela morte de mais de cem pacientes.

Em depoimento e em diversas entrevista à imprensa, Guimarães contou que aplicava injeções letais (ampolas com 10 ml de cloreto de potássio) ou retirava a máscara de oxigênio dos pacientes para amenizar seu sofrimento. Também foi levantada a hipótese que o auxiliar recebia dinheiro de funerárias para praticar os crimes.

No entanto, o servidor negou as confissões em depoimentos posteriores prestados à polícia. No final de setembro, seu advogado tentou obter habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça alegando que o auxiliar confessou os crimes por medo de “desaparecer para sempre”, sendo agredido por policiais.

O pedido foi negado. O julgamento de Isidoro Guimarães está marcado para fevereiro de 2000.

Revista Consultor Jurídico, 22de dezembro de 1999.