Caso Ceci Cunha

Decretada prisão preventiva de Talvane Albuquerque

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22 de abril de 1999, 0h00

O ex-deputado Talvane Albuquerque teve prisão preventiva decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence nesta quinta-feira (22/4). O ex-parlamentar é acusado de ser o autor intelectual do assassinato da deputada Ceci Cunha, ocorrido em Alagoas, em 16 de dezembro passado.

O ministro determinou que o ex-parlamentar permaneça preso no Corpo Militar de Bombeiros, em Maceió (AL), à disposição do STF. O pedido para a prisão de Talvane Albuquerque foi apresentado pela Procuradoria Geral da República em parecer enviado ao Supremo no inquérito que investiga o assassinato da deputada.

No inquérito, o ex-deputado é acusado de ser o mandante do crime “para dar origem a uma vaga de deputado federal na coligação a que pertenciam Ceci e Talvane, o que efetivamente ocorreu, tendo o último (Talvane) tomado posse”, na Câmara dos Deputados.

Para o ministro Sepúlveda Pertence, os elementos do inquérito “compõem um conjunto significativo de indícios de ter sido Talvane Albuquerque o mandante do crime”. Em seu parecer, a Procuradoria afirma que não há dúvidas de que o ex-deputado é o mandante do assassinato.

O parecer remonta os seguintes indícios contra o deputado:

1 – Três dos executores do delito eram, à época, assessores parlamentares de Talvane e, portanto, cumpriam ordens suas.

2 – O automóvel Santana utilizado na fuga dos assassinos era do cunhado do ex-parlamentar e estava à sua disposição.

3 – Antes da execução dos homicídios, os autores dos crimes estavam reunidos no apartamento pertencente ao ex-congressista.

O ex-deputado já está preso, temporariamente, respondendo a outro inquérito. Nesse caso, ele é acusado da tentativa de assassinato do radialista Alves Corrêa, ocorrida em 1993.

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