A Procuradoria-Geral da República solicitou nesta sexta-feira (16/4) a prisão preventiva do ex-deputado Talvane Albuquerque por seu suposto envolvimento no assassinato da deputada Ceci Cunha, ocorrido no dia 16 de dezembro do ano passado. A solicitação foi feita em parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
O parecer da Procuradoria foi dado no inquérito que investiga o assassinato de Ceci Cunha, enviado ao STF pelo juiz da Primeira Vara Criminal de Maceió, Daniel Accioly.
Para a Procuradoria, não há dúvida de que o ex-deputado é o mandante do assassinato. O parecer remonta os seguintes indícios contra o deputado:
1 – Três dos executores do delito eram, à época, assessores parlamentares de Talvane e, portanto, cumpriam ordens suas.
2 – O automóvel Santana utilizado na fuga dos assassinos era do cunhado do ex-parlamentar e estava à sua disposição.
3 – Antes da execução dos homicídios, os autores dos crimes estavam reunidos no apartamento pertencente ao ex-congressista.
No inquérito, em que o ministro Sepúlveda Pertence é o relator, são indicados como os autores dos disparos Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco e José Alexandre dos Santos. Há outros dois envolvidos no crime: Mendonça Medeiros Silva e Winner Luiz Lopes da Silva.
Talvane Albuquerque é acusado de ser o autor intelectual do assassinato de Ceci Cunha, “para dar origem a uma vaga de deputado federal na coligação a que pertenciam Ceci e Talvane, o que efetivamente ocorreu, tendo o último (Talvane) tomado posse”, na Câmara dos Deputados.
O ex-deputado já está preso, temporariamente, no presídio de segurança máxima Aldomiro Cavalcanti, em Alagoas. Sua prisão temporária foi decretada para que Talvane responda a outro inquérito. Nesse caso, ele é acusado da tentativa de assassinato do radialista Alves Corrêa, ocorrida em 1993.