Prisão de promotor é revogada

Promotor Igor tem prisão preventiva revogada

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17 de novembro de 1998, 23h00

O promotor de justiça paulista Igor Ferreira da Silva teve sua prisão preventiva revogada hoje (18) pelo órgão especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, por 19 votos a 3. O promotor é acusado de ter matado a tiros sua esposa, Patrícia Aggio Longo, grávida de 7 meses, em 4 de junho deste ano. Silva encontrava-se preso desde 11 de setembro no Regimento da Cavalaria 9 de Julho da Polícia Militar de São Paulo.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Guimarães Marrey Filho, disse que embora a decisão do TJ obedecesse a um caráter técnico – garantir a instrução criminal, que foi concluída – “o Ministério Público teme que o acusado, em liberdade, possa significar fator de intimidação para outras testemunhas e venha a tomar outra iniciativa para forçar provas, como aquela em que se realizou e justificou o pedido e concessão da prisão preventiva de Igor”.

Marrey refere-se ao pagamento que os irmãos de Igor fizeram a um marginal – em nome de Igor – para que ele assumisse a autoria do crime. A trama foi denunciada pela mulher do réu confesso, fato que embasou o pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público Paulista ao Tribunal de Justiça e acatado em 11 de setembro.

Como a denúncia apresentada pelo Ministério Pública foi aceita pelo plenário do Tribunal de Justiça, a ação penal tem continuidade.

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