Conflito aéreo

Governo adia assinatura de acordo por causa de empresas aéreas

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27 de janeiro de 1998, 23h00

Brasil e Canadá, à beira de um ataque de nervos, estão enfrentando um problema que tem se avolumado.

A divergência começou em dezembro do ano passado, quando a companhia aérea canadense Bombardier Inc. suspendeu um contrato de 90 milhões de dólares (relativo à aquisição de 24 aviões Supertucanos) firmado dois anos antes com a brasileira Embraer.

Em resposta, o governo brasileiro decidiu não assinar um acordo de facilidades comerciais que o Mercosul e Canadá firmariam entre os dias 19 e 23 de janeiro, em Buenos Aires (Argentina), até que o conflito seja solucionado.

O ministro de Comércio Internacional do Canadá, Sergio Marchi, declarou que “os brasileiros jogaram duro com o Canadá” e afirmou que o primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien também se manifestará duramente sobre a questão.

Segundo o internacionalista Armando Alvares Garcia Junior, o primeiro-ministro canadense e o presidente Fernando Henrique Cardoso devem designar emissários – que terão 30 dias de prazo – para resolver o conflito entre as empresas aéreas.

Caso não se chegue à solução no prazo estabelecido, o Canadá recorrerá à Organização Mundial de Comércio.

“A Argentina tem apoiado o Brasil”, explicou o professor, informando que esse país condicionou a negativa de assinatura de um acordo com o Canadá até que o desentendimento entre as duas empresas aéreas tenha chegado ao final.

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