Disputa de marca

Lara Resende contra o Itamaraty

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22 de dezembro de 1998, 23h00

O ex-presidente do BNDEs, André Lara Resende, pode patrocinar, indiretamente, nas próximas semanas, uma disputa judicial contra órgão do governo ao qual serviu até recentemente. A Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), da qual Lara Resende é presidente do Conselho de Associados, prepara uma ação contra a Comissão Nacional para as Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil, ligada ao Ministério das Relações Exteriores. A discórdia se deve ao lançamento da revista “Rumos”.

O título pertence à ABDE e está registrado no Instituto de Propriedade Industrial (INPI) sob o número 820.660.132, de 03/04/98. “Rumos” é publicada há 23 anos pela ABDE, com circulação mensal, tiragem de 8 mil exemplares e distribuição dirigida a cargo da Fernando Chinaglia Distribuidora.

Bruno Torres Paraíso, diretor e editor de “Rumos”, espera que os responsáveis pela nova publicação revejam com urgência o nome utilizado, “que não só nos pertence legalmente como vem sendo utilizado há 23 anos”.

A revista Rumos foi criada em 1976, de início com circulação bimestral e a partir de 1995, com circulação mensal. Rumos é especializada em temas relacionados com o desenvolvimento econômico e social, tendo sido premiada no ano passado como a melhor revista de circulação externa pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) seção do Rio de Janeiro. Neste ano, foi novamente premiada pela Aberje/RJ como a melhor revista na sua especialidade.

Rumos também lançou em 1997, em co-edição com a Editora Campos, o livro Lições de Mestre, com 21 das principais entrevistas publicadas em suas edições, no período de 1993/96. Rumos, que vem abrindo crescente espaço no mercado, está prestes a lançar em fascículos, “Uma história do Desenvolvimento Econômico do Brasil” aproveitando as comemorações dos 500 anos de descoberta do país. O projeto está definido e será desenvolvido pelo Centro de História Contemporânea (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas. A iniciativa já foi aprovada pelo Ministério da Cultura.

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