Ação de investigação

Gilmar abre sindicância para apurar vazamento de depoimentos sigilosos

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24 de março de 2017, 20h03

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, criou uma comissão de sindicância para apurar denúncias de vazamento à imprensa de trechos de depoimentos sigilosos da ação de investigação da chapa Dilma-Temer. Gilmar nomeou uma juíza auxiliar da Presidência, o coordenador de infraestrutura de TI do tribunal e um representante da Corregedoria-Geral Eleitoral.

Nelson Jr./SCO/STF
Ministro Gilmar Mendes quer saber como trechos de depoimentos prestados por executivos da Odebrecht ao TSE foram repassados a jornalistas.
Nelson Jr./SCO/STF

A intenção do ministro é saber como trechos de depoimentos prestados por executivos da Odebrecht ao TSE foram repassados a jornalistas. A comissão tem 60 dias para apresentar um resultado.

Executivos da construtora falaram como testemunhas na ação, que investiga se a chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014, cometeu crime de abuso de poder econômico. A denúncia, feita pelo PSDB, partido derrotado no pleito de 2014, é de que dinheiro da Petrobras abasteceu a campanha da chapa vencedora por meio de contratos superfaturados com empreiteiras.

Os depoimentos da Odebrecht constam de relatório feito pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação, distribuído aos ministros na tarde da quinta-feira (24/3). As falas são sigilosas porque os executivos fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal na operação “lava jato”.

Na própria quinta, o ministro Herman, corregedor-geral Eleitoral, determinou a abertura de “procedimento interno” para apurar os vazamentos.

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