Presidente gravado

Defesa de Eduardo Cunha pede anulação da delação de donos da JBS

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29 de maio de 2017, 17h43

Acusado de extorquir executivos da JBS para não fazer delação premiada, o ex-deputado federal Eduardo Cunha pediu que o Supremo Tribunal Federal anule a delação dos donos do frigorífico, Joesley e Wesley Batista. Em peça enviada à corte nesta segunda-feira (29/5), Cunha afirma que não há provas sobre o suposto pagamento mensal que ele receberia e que os termos do acordo de colaboração “não têm a menor razoabilidade”. 

Reinaldo Ferrigno/Agência Câmara
Delatores da JBS foram beneficiados com acordo generoso demais, acusa Cunha.
Reinaldo Ferrigno/Agência Câmara

Preso por determinação do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, Cunha nega ter recebido qualquer valor da JBS e garante que não há provas contra ele em relação a isso.

A defesa do político critica o acordo feito pelo Ministério Público Federal com os empresários na operação "lava jato". “Não tem a menor razoabilidade, tampouco proporcionalidade, esse grupo de delatores se beneficiar com tamanha generosidade, ante a quantidade e complexidade dos supostos crimes apresentados”, argumenta.  

Ao conversar com o presidente Michel Temer, que não sabia que estava sendo gravado, o empresário Joesley Batista relata pagamentos a Cunha para que o ex-parlamentar não revelasse o que sabe.

As gravações feitas por Joesley serviram como base para que o STF abrisse, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um inquérito para investigar Temer.  

Este não é o primeiro pedido nesse sentido. Um grupos de advogado também pediu ao STF para derrubar "acordo light" com a JBS, que foi homologado pelo ministro do STF, Edson Fachin.

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