Cartas na mesa

MPF afirma que retomou negociações de acordo de leniência com Grupo J&F

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22 de maio de 2017, 15h12

O Ministério Público Federal afirmou nesta segunda-feira (22/5) que as negociações para um acordo de leniência com o Grupo J&F, dono da JBS, fora retomadas. As conversas haviam sido interrompidas porque a empresa não concordou em pagar a multa exigida pelos procuradores, de R$ 11,1 bilhões. O frigorífico só se dispôs a pagar R$ 1 bilhão.

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Joesley Batista, dono do Grupo J&F, está em Nova York negociando leniência com governo dos Estados Unidos.
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A Procuradoria da República do Distrito Federal, que toca as investigações ligadas à JBS, havia dado até as 23h59 da sexta-feira (19/5) para que o J&F fizesse uma contraproposta. Mas a empresa disse que pagaria R$ 1,4 bilhão, o que não foi aceito pelo MPF. E por isso as negociações foram dadas por encerradas.

O MPF também informa que a leniência não tem nada a ver com o acordo de delação premiada assinado pelos controladores do J&F com a Procuradoria-Geral da República. Pelo acordo com a PGR, os donos da empresa pagarão R$ 220 milhões e entregarão provas de cometimento de crimes por autoridades com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal.

Como parte do acordo com a PGR, os donos do J&F, os irmãos Joesley e Wesley Batista, poderão morar fora do Brasil. Joesley já está em Nova York e negocia um acordo de leniência com o governo dos Estados Unidos.

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