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Dez tribunais tiram site do ar após ataque cibernético mundial

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12 de maio de 2017, 19h11

Sites de pelo menos dez tribunais brasileiros deixaram de funcionar nesta sexta-feira (12/5), quando um ataque cibernético atingiu computadores de mais de 70 países. Somente o Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou ter detectado “máquinas infectadas” e suspendeu prazos processuais. Os demais anunciaram que tomaram a medida apenas por precaução.

Ficaram fora do ar o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (com funcionamento normal na noite desta sexta), além dos TJs dos seguintes estados: Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) seguiu a mesma estratégia.

Nas cortes superiores, apenas o Superior Tribunal de Justiça afirmou ter tomado alguma providência. O site funcionou normalmente, mas o setor de tecnologia da informação tentou reforçar a segurança do sistema.

No linguajar técnico, segundo a Assessoria de Imprensa do STJ, “foram instalados novos protocolos de segurança” para proteger a rede do tribunal. Como consequência, computadores funcionaram com lentidão.

Acervo pessoal
Imagem publicada em grupo de funcionários do TJ-SP no Facebook.
Acervo pessoal

Em São Paulo, o Ministério Público também alega ter deixado o site fora do ar por precaução. 

Globo News afirma que passa de 70 o número de países atingidos. O ataque, conforme a emissora, embaralha informações digitais e cobra bitcoins (moeda digital) para que o usuário volte a acessar os dados normalmente.

Resgate
Uma das mensagens recebidas no Judiciário paulista fixa três dias para o pagamento. “Depois disso o preço será dobrado. Além disso, se você não pagar em 7 dias, você não será capaz de recuperar seus arquivos para sempre”, diz o texto, em português. “Ninguém pode recuperar seus arquivos sem o nosso serviço de descriptografia.”

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ao menos 16 hospitais públicos do Reino Unido tiveram computadores bloqueados, e também há relatos de problemas em países como Rússia, Japão, Turquia, Filipinas e Alemanha.

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