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PGR quer incluir ex-ministros de governos do PT em inquérito da "lava jato"

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22 de junho de 2017, 19h23

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal que inclua 11 pessoas, entre elas quatro ex-ministros de governos do PT, como investigadas em um inquérito que apura se houve compra de horário gratuito de TV para a campanha da chapa Dilma-Temer à Presidência em 2014.

Entre as pessoas da lista estão os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci (Fazenda); Edinho Silva (Secretaria de Comunicação) e Carlos Lupi (Trabalho), além do publicitário responsável pela campanha de 2014, João Santana. Já é investigado no inquérito o atual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Manoel Araújo.

José Cruz/ABr
Guido Mantega foi um dos ex-ministros incluídos em nova lista de Janot.
José Cruz/ABr

O inquérito teve origem nos acordos de delação premiada de executivos e ex-funcionários da Odebrecht. Segundo os delatores, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, solicitou R$ 7 milhões à empresa para comprar o apoio político dos partidos que compunham a coligação da chapa vencedora em 2014.

Além do PT, a coligação que reelegeu a ex-presidente era composta de PMDB, PDT, PC do B, PP, PR, PSD, Pros e PRB. “Os valores supostamente pagos pela Odebrecht aos presidentes dos partidos mencionados foram debitados na Planilha Italiano, que era o instrumento pelo qual o grupo controlava a propina devida ao Partido dos Trabalhadores em razão das negociações espúrias”, escreveu Janot na petição.

O procurador-geral solicitou ainda que sejam interrogadas nove pessoas no processo, incluindo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma. Caberá ao relator da operação “lava jato” no STF, ministro Edson Fachin, decidir se aceita ou não a inclusão dos novos investigados no inquérito. Com informações da Agência Brasil.

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