Caso paralelo

Marco Aurélio abre novo inquérito contra Aécio por lavagem de dinheiro

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22 de junho de 2017, 21h57

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quinta-feira (22/6) abrir novo inquérito relacionado ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) pelo crime de lavagem de dinheiro.

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Inquérito investigará se Aécio recebeu mais de R$ 60 milhões em propina da JBS; defesa nega qualquer crime.
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Segundo a Procuradoria-Geral da República, será investigado suposto pagamento de mais de R$ 60 milhões em propina, por meio de notas fiscais frias da JBS. Em nota, a defesa declarou ter confiança de que a investigação comprovará a inocência do senador.

"A defesa do Senador Aécio Neves recebe a informação com naturalidade por se tratar de desdobramento da denúncia inicial. A investigação demonstrará que não se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita numa operação entre privados, portanto sem envolver recurso público ou qualquer contrapartida. Assim, não houve crime", diz a nota.

Aécio já foi denunciado sob acusação de corrupção e obstrução da Justiça. O dono da JBS, Joesley Batista, gravou escondido uma conversa com o parlamentar em que o político solicita R$ 2 milhões para pagar advogados. De acordo com o tucano, tratava-se de um pedido de empréstimo, sem ligação com qualquer crime.

Marco Aurélio Mello tornou-se relator de casos contra Aécio por meio de sorteio eletrônico, após o antigo relator, Luiz Edson Fachin, atender ao pedido da defesa do senador afastado e redistribuir a relatoria do caso. 

Laços de família
O ministro também determinou o desmembramento de investigação aberta contra Andrea Neves e Frederico Pacheco, irmã e primo do senador. Eles serão julgados pela primeira instância da Justiça Federal em São Paulo, localidade onde foram promovidas ações controladas da Polícia Federal a partir das delações da JBS. 

Na terça-feira (20/6), a 1ª Turma do Supremo determinou que Andrea, Pacheco e Mendherson Sousa Lima cumpram prisão domiciliar. Eles estavam presos de forma preventiva desde maio, em Belo Horizonte.Com informações da Agência Brasil.

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