Excesso e omissão

MPF apura ilegalidades das polícias Federal e Civil em apreensão de fuzis no Galeão

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7 de junho de 2017, 13h08

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro instaurou procedimento investigatório criminal para apurar eventual ilegalidade na atuação da Polícia Civil na apreensão de 60 fuzis no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão. Como a área é controlada pela Polícia Federal, os procuradores também querem saber se esta entidade não se omitiu.

No dia 1º de junho, a Polícia Civil apreendeu, além de munição, 45 AK-47, 14 AR-10 e um G3, todas armas de guerra. O armamento estava escondido entre cargas com aquecedores para piscina.

O MPF quer saber por que a Polícia Federal não participou da operação, além de suas possíveis conexões com agentes públicos. De acordo com o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro, a investigação tem o objetivo de compreender em que circunstâncias a ação da Polícia Civil foi deflagrada e quais são seus antecedentes.

Além disso, o MPF destaca que a Seção de Fiscalização do Tráfego Internacional do Departamento de Polícia Federal deve resguardar o Estado de crimes como tráfico de drogas e armas, contrabando e descaminho. E, se agir em conluio com o crime organizado, prejudicará as instituições e a sociedade brasileiras, dizem os procuradores da República.

Dessa maneira, o MPF oficiou a Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro a prestar esclarecimentos em até cinco dias sobre a operação que apreendeu as armas no Galeão. O procedimento criminal tramita na seção de controle externo da atividade policial. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-RJ.

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