Agenda lotada

Fachin estica até sexta prazo para Temer responder a perguntas da Polícia Federal

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6 de junho de 2017, 19h00

O presidente Michel Temer (PMDB) ganhou mais tempo para responder às 82 perguntas da Polícia Federal sobre a relação dele com empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, o ex-deputado Rocha Loures e outros investigados em desdobramentos da operação “lava jato”. O prazo, que se encerraria na tarde desta terça-feira (6/6), foi prorrogado até as 17h da próxima sexta (9/6).

Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Michel Temer disse que não conseguiria responder questões até esta terça.
Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu o curto período definido anteriormente: 24 horas a partir do recebimento. Segundo o presidente, não era possível abandonar a “carregada agenda, marcada por compromissos que lhe tomam mais de 15 horas por dia”.

A peça foi assinada pelos advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Jorge Urbani Salomão e Brian Alves Prado. Eles declaram que Temer “não poderia deixar de responder a quaisquer das perguntas, no afã de repor a verdade dos fatos”.

Temer é investigado no Supremo por corrupção passiva e obstrução de investigações. Ele é acusado de incentivar o pagamento de R$ 500 mil ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que não faça delação premiada. Os indícios são baseados em gravação do delator Joesley Batista, que foi recebido pelo presidente no Palácio do Jaburu, no período noturno, fora da agenda oficial. Para a defesa, houve edição e manipulação no arquivo de áudio.

Clique aqui para ler as perguntas da PF a Temer.
INQ 4.483

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