Reverência ao colega

Homenagem a Teori Zavascki no Supremo abre ano judiciário de 2017

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1 de fevereiro de 2017, 13h36

O Supremo Tribunal Federal decidiu abrir o ano judiciário de 2017 com uma homenagem ao ministro Teori Zavascki, morto em janeiro num acidente de avião. No início da sessão, a ministra Cármen Lúcia, presidente da corte, disse que a morte do ministro “nos impõe simplicidade”.

“Aberto, portanto, o ano judiciário com um ato solene de simplicidade específica e peculiar em razão exatamente da circunstância da morte de nosso querido colega”, disse ela, passando a palavra ao ministro Celso de Mello, decano, para ler um discurso de homenagem a Teori.

Carlos Humberto/SCO/STF
Em discurso, Celso de Mello citou Teori: “As despedidas são momentos da vida com os quais ainda não aprendi a lidar”.
Carlos Humberto/SCO/STF

Em sua fala, Celso disse que o episódio desta quarta-feira (1º/2) “não deve ser visto como um gesto de despedida, mas sim como um gesto de reverência”. E citou um trecho do discurso feito por Teori quando ele deixou o Superior Tribunal de Justiça para ingressar no STF: “As despedidas são momentos da vida com os quais ainda não aprendi a lidar”.

“É preciso que se diga, a respeito da perda profundamente lastimável do ministro Teori Zavascki, que os grandes magistrados, como ele próprio o foi, nunca se vão, nunca se despedem”, completou Celso de Mello. “Eles, na realidade, não partem jamais. Ao contrário, os grandes juízes, como o saudoso ministro Teori, permanecem na consciência e no respeito de seus jurisdicionados, a quem tanto souberam servir com lealdade e dedicação, iluminando, para sempre, com a grandeza do seu legado e a integridade de uma vida reta, os caminhos do Direito e da Justiça.”

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