Suspeita de corrupção

PF investiga ligação de ex-secretário da prefeitura do Rio com empresas de ônibus

Autor

15 de agosto de 2017, 11h15

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (15/8), mandados de busca e apreensão contra o ex-secretário de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro Rodrigo Bethlem. As ações, que ocorreram em sua casa, em seu escritório e em dois endereços na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, foram determinadas pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, conforme informa o jornal O Globo.

O objetivo da operação é investigar se o ex-integrante do governo Eduardo Paes (PMDB) negociou vantagens ilícitas com os empresários de ônibus Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira. Interceptações telefônicas e e-mails indicam, segundo os investigadores, que Bethlem prometeu a continuidade de esquema de corrupção na gestão Marcelo Crivella (PRB). O ex-secretário prestou depoimento à PF para esclarecer as suspeitas.

Reprodução
Prefeitura do Rio "repudiou" insinuações de qualquer possibilidade de escândalos do governo anterior ter continuado na gestão de Marcelo Crivella.
Reprodução

Em nota, a prefeitura do Rio repudiou “com veemência as insinuações descabidas de qualquer possibilidade de escândalos no setor de transporte do governo anterior ter continuado na atual gestão”.

Denúncia contra Cabral
O juiz federal Marcelo Bretas aceitou, segunda-feira passada (7/8), mais duas denúncias contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Nas petições, ele é acusado de ter recebido propina de empresários de ônibus.

Outras 23 pessoas, incluindo empresários e servidores, são acusados pelo MPF de crimes com a participação da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), que reúne 10 sindicatos, como o Rio Ônibus.

O MPF denunciou o grupo por corrupção (ativa e passiva), centenas de crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e participação em organização criminosa. Para os procuradores, há provas de que, a partir da “caixinha da propina”, 26 empresas de ônibus fizeram repasses a políticos e agentes públicos de mais de R$ 250 milhões entre janeiro de 2013 a fevereiro de 2016.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!