Financiamento do BNDES

Lula é indiciado pela PF por supostas vantagens à Odebrecht

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5 de outubro de 2016, 16h49

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção. Segundo a PF, Lula teria usado sua influência para favorecer a Odebrecht e recebido propina em troca da ajuda. O relatório da PF foi recebido nesta terça-feira (4/10) pelo Ministério Público Federal.

Instituto Lula
Lula é acusado de facilitar empréstimos do BNDES para projetos internacionais da Odebrecht.
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Em maio de 2015, a Procuradoria da República no Distrito Federal começou a apurar se o ex-presidente recebeu vantagens econômicas indevidas para influenciar agentes públicos da República Dominicana, de Cuba e de Angola, além de facilitar financiamentos à empreiteiro pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os procuradores investigam também suspeitas de irregularidades em outros financiamentos concedidos pelo banco à Odebrecht para obras no exterior, inclusive de empréstimos destinados à construção do Porto de Mariel, em Cuba, do Metrô de Caracas, na Venezuela e algumas obras no Panamá.

Em nota, o Instituto Lula diz que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei, e que suas contas e de seus parentes foram investigadas, mas nada foi encontrado. “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sua vida investigada há 40 anos. Lula não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois mandatos eleitos como presidente da República”, diz o Instituto Lula.

A instituição também critica que o indiciamento tenha sido informado à imprensa. “A defesa do ex-presidente irá analisar o documento da Polícia Federal, vazado para a imprensa e divulgado com sensacionalismo antes do acesso da defesa, porque essa prática deixa claro que não são processos sérios de investigação, e sim uma campanha de massacre midiático para produzir manchetes na imprensa e tentar destruir a imagem do ex-presidente mais popular da história do país.” Com informações da Agência Brasil.

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