Lula pede dano moral de Delcídio, que o acusou de obstruir a Justiça
11 de novembro de 2016, 18h19
A acusação feita pelo senador cassado Delcídio do Amaral contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que este teria tentado obstruir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, pode custar R$ 1,5 milhão. Esse é o valor pedido por Lula como reparação pelos danos morais sofridos.
Segundo os advogados do ex-presidente — Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, Valeska Zanin Martins e Mauro Roberto Aziz —, Delcídio não tem reputação suficiente para fazer tais afirmações contra Lula.
O senador cassado foi preso depois de ter sido flagrado em gravações feitas pelo filho de Nestor Cerveró, detalhando um suposto plano de fuga.
Afirmam também que as acusações constam na delação firmada por Delcídio mediante sua prisão preventiva, e que o fato de ele ser réu confesso em irregularidades na Petrobras o desqualificam como fonte crível de informações, o que reforça a tese do dano moral ao ex-presidente Lula.
“Esse tipo de situação já foi chamado pelo Procurador Geral da República de ‘estelionato delacional’, uma vez que subverte toda a ordem jurídica e tem por objetivo extrair consequências políticas de um instituto jurídico”, afirmam os representantes de Lula.
Os advogados dizem ainda que não há provas contra Lula, pois Delcídio apresentou apenas comprovantes de viagens e sua agenda pessoal e alguns delatores da operação “lava jato” também negaram qualquer tipo de influência do ex-presidente. “O próprio Cerveró e outras testemunhas ouvidas no último dia 08/11/2016 em audiência realizada na 10ª. Vara Federal de Brasília […] confirmaram que jamais receberam qualquer intervenção direta ou indireta do aqui autor.”
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