Grampo supremo

Segurança do STF encontra escuta desativada em gabinete de Barroso

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17 de maio de 2016, 15h37

Dorivan Marinho/SCO/STF
Material estava dentro de uma caixa instalada debaixo da mesa de Barroso.
Dorivan Marinho/SCO/STF

A secretaria de segurança do Supremo Tribunal Federal descobriu uma escuta ambiental desativada dentro do gabinete do ministro Luís Roberto Barroso. Segundo a assessoria de imprensa do STF, o equipamento foi descoberto durante uma varredura de rotina feita nos gabinetes dos ministros.

O material estava desativado e foi encontrado dentro de uma caixa, instalada debaixo da mesa do ministro. O tribunal informou que não será aberta nenhuma diligência para investigar o caso porque a escuta não estava funcionando. 

Apesar de o STF dizer que não vai investigar, advogados apontam que o fato é grave. Para o criminalista Daniel Bialski, sócio do Bialski Advogados, a modernidade e o avanço tecnológico não podem ser instrumentos de violação e crimes. “Além de violação dos direitos garantidos e protegidos pela Constituição, isso é uma afronta ao Poder Judiciário”.

Coordenador da pós-graduação em Direito Penal Econômico do IDP São Paulo, o criminalista Fernando Castelo Branco afirma que “violar a intimidade de um magistrado da mais alta Corte do país é um flagrante atentado ao Estado Democrático, além de crime que deve ser apurado com rigor”. Fernando Augusto Fernandes, doutor em ciência política e criminalista, argumenta que tornar garantias maleáveis pode vitimar a todos, indiscriminadamente, até um ministro do STF.

* Texto atualizado às 19h11 desta terça-feira (15/5) para acréscimo de informações.

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