"Arroubos juvenis persecutórios"

IAB critica ministro Barroso por elogiar integrantes da "lava jato"

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4 de julho de 2016, 19h43

Para o Instituto dos Advogados Brasileiros, os “arroubos juvenis persecutórios” da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz federal Sergio Moro não podem ser classificados como conduta apropriada. A opinião está em nota divulgada como resposta aos elogios feitos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso ao membros da força-tarefa da "lava jato".

Nelson Jr./SCO/STF
Ministro Barroso disse que MP, PF e magistratura firmaram um pacto patriótico contra a corrupção.

Em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, da GloboNews, ao ser questionado sobre as manifestações públicas de magistrados acerca de causas em andamento, Barroso disse que “a melhor coisa que os rapazes de Curitiba fizeram foi oferecer um bom exemplo”.

Segundo o ministro, “uniram-se membros do Ministério Público, Polícia Federal e a magistratura em um pacto de seriedade, de qualidade técnica, de trabalho de patriotismo, para ajudar a enfrentar um problema brasileiro, que é a corrupção".

Porém, o IAB discorda dessa opinião. “O elogio aos arroubos juvenis persecutórios de determinado grupo de policiais, membros do Ministério Público e do próprio juiz do processo não é conduta apropriada.”

Leia a nota:

O IAB reitera seu repúdio às manifestações públicas de magistrados acerca de causas em andamento. O elogio aos arroubos juvenis persecutórios de determinado grupo de policiais, membros do Ministério Público e do próprio juiz do processo não é conduta apropriada a outros magistrados, notadamente dos integrantes da Cortes Superiores, os quais, aliás, estão investidos de competência recursal e originária para o julgamento desses mesmos processos.

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