Pagamento de propina

Lucio Funaro, aliado de Cunha, é preso em nova fase da "lava jato"

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1 de julho de 2016, 8h51

O financista Lucio Funaro, aliado do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso nesta sexta-feira (1º/7) em mais uma fase da operação "lava jato". Além dele, há mandados de busca e apreensão nas empresas do grupo JBS Friboi. Os mandados desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.

Estão sendo cumpridos mandados em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a ação desta sexta-feira tem origem em duas delações premiadas: a do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto e a do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello.

Fabio Cleto afirma, em delação, que Eduardo Cunha ficou com 1% de negócio de R$ 940 milhões aprovado pelo FI-FGTS com a empresa Eldorado, do Grupo JBS. O repasse seria feito por meio de Funaro.

O STF também autorizou busca e apreensão na casa e no escritório do empresário Milton Lyra. O advogado de Lyra, Eduardo Toledo, disse que vai pedir acesso à medida cautelar e ao inquérito, no STF, para saber do que trata a acusação. 

Em delação premiada, Nelson Mello afirmou que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas, Lúcio Funaro e Milton Lyra, com trânsito no Congresso para efetuar os repasses a senadores do PMDB, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

Clique aqui para ler a decisão sobre a prisão de Lúcio Funaro.

Clique aqui para ler a decisão que autorizou busca na casa de Milton Lyra.

Clique aqui para ler decisão no caso de busca nas empresas da JBS Friboi.

*Notícia alterada às 20h26 do dia 1º/7 para acréscimos.

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