TPI julga em abril se África do Sul violou acordo ao não prender presidente do Sudão
20 de dezembro de 2016, 12h01
Antes de sair formalmente do Tribunal Penal Internacional, a África do Sul terá de explicar por que não prendeu o presidente do Sudão quando ele esteve em seu território. O TPI marcou para 7 de abril do próximo ano uma audiência pública sobre o caso para, depois, decidir se pede providências à Assembleia de Estados-parte do tribunal e ao Conselho de Segurança da ONU.
O TPI tenta prender o presidente sudanês Omar Al Bashir há mais de dez anos. Bashir é acusado de crimes contra a humanidade na corte internacional e só pode ser julgado se for levado ao tribunal, já que ninguém pode ser julgado à revelia no TPI.
Em junho de 2015, Bashir participou de um evento diplomático na África do Sul. A Justiça local chegou a discutir se prendia o líder sudanês, mas a conclusão foi que chefes de Estado têm imunidade durante eventos diplomáticos.
Pelo Estatuto de Roma, que criou o TPI, todos os Estados-parte precisam cooperar e cumprir as decisões do tribunal. A insistência do corte no assunto teria sido o principal motivo para o governo da África do Sul decidir abandonar o TPI em outubro passado. O país deixará de fazer parte do tribunal internacional em outubro de 2017, um ano após comunicar sua saída.
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!