Participou de protesto

Ela Wiecko, vice de Rodrigo Janot, pede exoneração do cargo

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30 de agosto de 2016, 19h43

A subprocuradora Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu, nesta terça-feira (30/8), exoneração do cargo de vice-procuradora-geral da República. O pedido acontece no dia em que a imprensa divulgou imagens e vídeos dela participando de um ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, promovido em Portugal, no mês de junho. Nas imagens, Ela aparece segurando faixa com a frase "Contra o golpe".

Fellipe Sampaio /SCO/STF
Subprocuradora Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu, nesta terça-feira (30/8), exoneração do cargo de vice-procuradora-geral da República.
Fellipe Sampaio /SCO/STF

A exoneração, assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (31/8). Ela Wiecko vai continuar a atuar como subprocuradora porque o cargo é vitalício. De acordo com reportagem publicada pela revista Veja, Ela Wiecko disse que não via problemas em participar da manifestação. Falou ainda que estava de férias em Portugal, para onde tinha ido para fazer um curso como estudante.

Segundo nota à imprensa divulgada pela PGR, a ex-vice-procuradora-geral da República foi responsável por importantes projetos na área de direitos humanos, como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e a defesa da legalidade da lista suja do trabalho escravo. O órgão diz ainda que ela teve atuação de destaque no Conselho Superior do Ministério Público Federal e nos processos junto à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.

No início do mês, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, marido de Ela Wiecko, pediu exoneração do gabinete do ministro Teori Zavaski, relator da "lava jato" no Supremo Tribunal Federal, depois de assinar um abaixo-assinado no qual juristas defendem o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação na primeira instância. Manoel atuava como assessor técnico no gabinete do ministro.

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