A cor do crime

Associação de criminalistas aponta racismo na Justiça Criminal da Inglaterra

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5 de agosto de 2016, 10h18

A Associação de Advogados Criminalistas da Inglaterra aponta que o racismo está institucionalizado na Justiça Criminal do país. Segundo a entidade, mesmo diante da falta de estatísticas concretas, é fácil enxergar que um acusado negro tem muito mais chances de ser condenado num tribunal formado quase só por juízes brancos.

Um relatório divulgado pela entidade mostra que, dos 1,8 mil juízes na Inglaterra, apenas 9,5% se declararam negros ou de algum grupo étnico minoritário. Na polícia, a prevalência de brancos se mantém: quase 90% dos policiais são brancos.

Segundo dados do Ministério da Justiça, os negros e asiáticos representam 14% da população da Inglaterra.  Mas, nos presídios, eles somam mais de 25% dos presos. Dos acusados nos tribunais do júri, os negros e asiáticos chegam a quase 25% também. Enquanto um branco tem 56% de chance de ser condenado à prisão, para os negros, essa probabilidade sobe para 61%.

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