AP 470

Pizzolato é extraditado e começará a cumprir pena do mensalão

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23 de outubro de 2015, 9h09

Agência Brasil
Escoltado por policiais, Pizzolato (de branco) desembarca em Brasília. José Cruz/Agência Brasil

Quase dois anos depois de ser condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, começará a cumprir sua pena. Depois de fugir para a Itália, antes de ser condenado, Pizzolato foi preso e extraditado.

Ele chegou na manhã desta sexta-feira (23/10) em Brasília e cumprirá a pena no Complexo Penitenciário da Papuda. Antes de ser encaminhado à penitenciária ele fará exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. Depois irá para o presídio, o mesmo onde outros réus do mensalão também foram presos, como como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-deputado federal pelo PT, José Genoíno.

Pizzolato foi condenado na Ação Penal 470, mas fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento, usando o passaporte falso de um irmão morto há mais de 30 anos. Ele escolheu o país por ter cidadania italiana. Porém, acabou preso em fevereiro de 2014, na cidade de Maranello.

A princípio, a Corte de Apelação de Bolonha havia negado a extradição, alegando precariedade das condições do sistema penitenciário brasileiro para respeitar os direitos de seus presos. Em fevereiro, a Corte de Cassação de Roma, instância máxima do Judiciário italiano, reverteu a decisão.

Ainda assim, coube ao ministro da Justiça italiano bater o martelo sobre o caso. Quando foi dado o aval, a defesa de Pizzolato recorreu ao Conselho de Estado italiano, última instância da Justiça administrativa do país, que suspendeu a extradição para analisar mais documentos. A extradição foi então concedida no dia 22 de setembro. Com informações da Agência Brasil.

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