Sem conciliação

Servidores ficam sitiados na sede do TRT-1 após ato de funcionários da Comperj

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9 de março de 2015, 21h18

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Prédio está ocupado por manifestantes desde as 14h desta segunda-feira.
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Funcionários, servidores e magistrados do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro) estão sitiados no edifício sede do tribunal, no centro da cidade, por causa de uma manifestação de funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que invadiu o saguão do prédio. A manifestação começou às 14h desta segunda-feira (9/3), depois de uma reunião de conciliação que terminou sem acordo entre o ministro do Trabalho, Manoel Dias, representantes da Petrobras e da Alumini — terceirizada — e um grupo de empregados do Comperj.

Após horas de negociação com o grupo, as mulheres que estavam detidas foram liberadas para sair do edifício por volta das 19h50.

Por telefone, um dos servidores que ainda aguarda liberação afirmou todas as orientações são repassadas aos funcionários apenas pela diretoria do tribunal. Com medo de uma possível ação da tropa de choque da Polícia Militar contra os manifestantes, os servidores se trancaram nas salas da corte e ficaram com acesso restrito às informações sobre o incidente.

De acordo com a presidência do TRT-1, a Polícia continua negociando com os manifestantes a liberação do restante dos servidores. O gabinete da presidência confirmou que cerca de 300 pessoas ainda ocupavam o saguão do prédio às 20h10 horas.

Sem acordo
De acordo com informações do portal G1, os manifestantes afirmam que ocuparão o espaço até uma nova rodada de negociações com a presença do ministro do Trabalho. Manoel Dias, por sua vez, afirmou que uma nova negociação entre as partes deverá acontecer e que a Petrobras avaliará os valores devidos à Alumini para que seja feito um possível depósito judicial.

Na reunião desta segunda-feira, os funcionários da Comperj exigiram um reajuste salarial de 10%, além de vale-alimentação no valor de R$ 500 mensais. O Ministério Público do Trabalho, por sua vez, propôs um aumento salarial de 7,7%, o que seria capaz de repor a inflação dos últimos 12 meses.

Em assembleia ocorrida também na manhã desta segunda, os funcionários da Comperj mantiveram a greve iniciada na última quarta-feira (4/3). A próxima reunião dos trabalhadores para decidir sobre os rumos das reivindicações está marcada para acontecer apenas na próxima segunda-feira (16/3).

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