Doce discriminação

Confeitaria é condenada por se recusar a fazer bolo com slogan anti-homofobia

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20 de maio de 2015, 11h05

Uma confeitaria na Irlanda do Norte terá de indenizar um ativista gay por se recusar a fazer um bolo com mensagens anti-homofobia. Um tribunal do país considerou que o cliente foi discriminado e mandou a loja pagar para ele 500 libras de indenização (R$ 2,3 mil).

Nos últimos anos, depois que a Inglaterra e a Escócia liberaram o casamento entre homossexuais, a Irlanda do Norte vem sofrendo pressão para fazer o mesmo. Em abril do ano passado, a Assembleia Parlamentar rejeitou, pela terceira vez, projeto de lei que permitia o matrimônio entre duas pessoas do mesmo sexo.

O bolo motivo da discórdia seria usado durante um encontro fechado entre ativistas pela liberação do casamento gay. Um dos ativistas resolveu pedir o doce na confeitaria onde já era cliente. Chegou a pagar pela encomenda, mas depois recebeu seu dinheiro de volta e uma explicação de que, por os donos serem cristãos, não poderiam decorar o bolo como foi pedido.

Para a Justiça da Irlanda do Norte, um estabelecimento comercial precisa tratar todos os consumidores da mesma maneira. Não pode se recusar a prestar um serviço porque não concorda com um pedido razoável de cliente.

Em novembro de 2013, a Suprema Corte do Reino Unido já decidiu que crença religiosa não justifica discriminação. Na ocasião, os juízes condenaram os donos de uma pousada que se recusaram a hospedar dois homens gays no mesmo quarto.

Clique aqui para ler a decisão em inglês.

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