Perfil de defensores

Reportagem mostra um dia na vida de três grandes criminalistas

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4 de maio de 2015, 6h58

Em um tempo em que as investigações criminais vêm alcançado os políticos do primeiro escalão e empresários de grandes empresas, tem crescido a curiosidade do público sobre os advogados desses cidadãos. Uma reportagem veiculada pelo Jornal das 10 da Globo News, no último sábado (2/5), tira um pouco dessa dúvida ao retratar um dia da vida de três criminalistas que têm atuado em Brasília: Arnaldo Malheiros Filho, Pierpaolo Cruz Bottini e Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Considerados integrantes do “grupo de elite dos advogados criminalistas”, o trio já defendeu réus da Ação Penal 470, o processo do mensalão, e agora se dedicam à representação de políticos e empresários investigados na operação “lava jato”, que apura os casos de corrupção na Petrobras. Malheiros tem 43 anos de profissão; Kakay, 33; e Bottini, 15.

No mensalão, Malheiros defendeu o petista Delúbio Soares, que acabou condenado pelo crime de corrupção ativa. O advogado contou que defendeu políticos da direita e da esquerda e que não gosta da exposição. “Ultimamente, fiquei com o rótulo de ser petista por ter defendido Delúbio Soares. Não tem nada a ver”, afirmou o causídico, que faz a linha discreta.

Já Kakay é mais fã das câmeras. Pelas contas dele, já advogou para mais de 60 governadores, além de nomes conhecidos, como o de Salvatore Cacciola e Daniel Dantas. No mensalão, defendeu o publicitário Duda Mendonça, que acabou absolvido. Ele se gaba de nunca ter perdido um grande caso. “Primeiro, por uma sorte danada, meus clientes são inocentes. É uma vantagem danada, porque estou cuidando de pessoas injustiçadas”, afirma.

Com 38 anos, Bottini é respeitado pelos veteranos. Na operação “lava jato”, defende o presidente da construtora Camargo Corrêa, Dalton Avancini, que chegou a ser preso, mas, depois de firmar um acordo de delação premiada, agora cumpre prisão domiciliar. O advogado é cria do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. “Claro, tendo o MTB como uma pessoa próxima, ajudou mesmo”, relata.

Na entrevista, os advogados são evasivos quando o tema são os honorários que cobram.

Clique aqui para ver a reportagem na íntegra.

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